domingo, agosto 12, 2012

Testemunho

Ontem, no final da estafeta de 4 x 100 da Olimpíadas, um burocrata "bife" impediu o jamaicano Bolt, que tinha "apenas" acabado de bater o record do mundo (num grupo que conseguiu uma média superior a 40 km por hora, se já fizeram as contas), de ficar, como recordação, com o testemunho utilizado na estafeta, aquele tubo amarelo que se vê na imagem.

Confesso que não percebi por que razão Bolt lhe entregou o objeto. Acaso o funcionário iria atrás dele?

Havia de ser comigo! Ou pior: se fosse comigo, o homem era capaz de me apanhar...

6 comentários:

Isabel Seixas disse...

Bem Pensado!

Anónimo disse...

Pois se fosse comigo, quem apanhava era o funcionário!

Anónimo disse...

Excelso Embaixador, trata-se de um formalismo para homologar o recorde do mundo que consiste em pesar o testemunho e em certificar que tudo estava dentro das regras.
Abraço, PD

mbs disse...

mas recuperou-o mais tarde, segundo Bolt "himself"...

Manuel Teixeira disse...

Por mim, ao ver o burocrata «bife» recusar o testemunho ao herói olímpico universal, pensei: eis um filho dileto da Magna Carta!

Depois, ao ler o comentário de Vossa Excelência, dei comigo a pensar: eis um filho das elites portuguesas!

A sugestão de que aos servidores públicos cabe isentar do cumprimento das regras em função do estatuto de cada qual explicará muito e explicará fundo no nosso País.

Leitor diário e entusiasta do blogue do Senhor Embaixador, concluo, por evidente, que de pleno direito integra a nossa melhor elite; que mais não fosse porque tem trabalhado para que se torne rodapé da história a aceitação conformada e a prática contentinha da lei «à la carte»; não me custa sequer aceitar que o pedido de Bolt seja uma ordem para os seus anfitriões: estará aí o tratamento diferente do que é diferente. Mas que não se tenha por aceitável que a decisão caiba a quem não está legitimado para tal, a quem só por temor reverencial ou indiferença no cumprimento das suas obrigações poderia aceder àquela pretensão.

Por ter lembrado que a lei é igual para todos, o burocrata merecia também uma medalha de ouro.

José Á. Afonso

zamot disse...

Como se o homem fosse da pista directo para o avião!
Podia perfeitamente ter-lhe pedido o testemunho quando o corredor terminasse os festejos!

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